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Emancipação iluminada, liberdade, pura e imaculada felicidade o esperam, mas você tem que escolher a embarcar na jornada interior para descobri-lo.
B.K.S Iyengar


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Shavasana



Ontem, na turma das 7, o Shavasana foi tão profundo, que me inspirou a escrever sobre,  para melhor entender a sua profundidade.


Segundo Guru-ji, Shavasana é uma postura difícil de aperfeiçoar. Cada parte do corpo está posicionada corretamente para alcançar um relaxamento total. Não é simplesmente deitar de costas com a mente vazia e congelada, nem deve terminar em ronco. Quando você pratica essa postura, os órgãos da percepção – os olhos, os ouvidos e a língua – recolhem do mundo externo. Ainda tem que haver união entre o corpo, a respiração, a mente e o intelecto, e esses quatro têm que se curvar respeitosamente diante do Atma (ser próprio). “A quietude da postura não é meditação, mas reflete a maestria de ser próprio interno e uma entrega a uma consciência mais elevada e sublime”.

Esse estado é alcançado pela disciplina controlada do corpo, dos sentidos e da mente.

A prática preparatória para yoga, que atenua os kleshas (aflições e causas às misérias da vida) e produz o samadhi (estado de iluminação), é kriya-yoga, como descrito nos sutras do Patanjali números II.1 e II.2. Kriya-yoga consiste em tapas, que se relaciona com a vontade e cria disciplina, svadhyaya que é o estudo do ser próprio e dos textos antigos e que trabalha o intelecto, e ishvara pranidhana, que concerne às emoções e leva à entrega.

Acredito eu, que se a própria prática de ásanas tem tapas e svadhyaya, e nós fizemos uma tentativa sincera de entregar o intelecto da mente ao intelecto do coração no começo da nossa prática, então seremos abençoados com ishvara pranidhana no nosso Shavasana.

Posso, portanto, supor, que os alunos que ontem chegaram a esse estado profundo, tem praticado o suficiente para já ter bastante disciplina (e quem ainda não tiver....anda, entra na linha! – vale a pena....). A aula em si conteve aberturas do frente do corpo (mini backbends) que muitas vezes eu vejo afetar as emoções com mais intensidade que outros grupos de posturas, e também fizemos várias paradas para estudar algumas posturas em mais detalhe. Será, então, simples assim, como o Patanjali fala, que é só praticar e seguir as dicas, que samadhi vem? A prática dedicada de vocês foi sincera o suficiente, com disciplina, auto estudo e entrega para chamar atenção do Ishvara?

Dúvidas a parte, abençoada seja eu, de estar presenciando e me banhando em tanta luz.

Agradecida.

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